Vivemos tempos de muitas tensões criado pelo ambiente político-religioso que envolveu o Bolsonarismo. A união de Bolsonaro com as igrejas evangélicas afetou as relações dentro e fora das igrejas. Ao fim das eleições no domingo não faltaram relatos de irmãos que foram hostilizados de alguma forma por parte dos apoiadores de Lula.
O que podemos aprender com essa experiência vivida em nossa tão frágil
democracia?
A união entre política e religião sempre foi algo perigoso que
causou sérios problemas para a igreja. Desde os tempos do imperador Constantino
a igreja sempre sofreu as mazelas da união entre política e religião. E assim
segue até os dias de hoje.
Desse modo deixo algumas observações que podemos refletir acerca
desse contexto:
1 – O PAPEL DA IGREJA NÃO É DE SE SERVIR DA
POLÍTICA OU SERVIR AOS INTERESSES DA POLÍTICA.
O que vimos nesses anos foram inúmeras aberrações acontecendo
dentro das igrejas evangélicas que cederam seus púlpitos para discursos
políticos ao invés da pregação do evangelho. Verdadeiras profanações do ambiente
onde se deveria cultuar a Deus, mas infelizmente muitas igrejas se deixaram
contaminar pelas ofertas de finas iguarias do rei. O poder corrompe! E o que
muitos pastores fizeram foi se deixar seduzir pela sede de poder vendo em Bolsonaro
seu objeto de ganância para alcançar esse poder.
2 – A IGREJA DEVE SER UMA VOZ PROFÉTICA A
NAÇÃO E NÃO SER O PROFETA DO REI.
Um grande exemplo disso é a história de rei Acabe que juntou 400
profetas em torno de si para dizerem aquilo que lhe convinha (1 Reis 22.6). Até
que Josafá lhe pergunta:
Disse,
porém, Josafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor para o consultarmos?
1 Reis 22:7
Respondeu
o rei de Israel a Josafá: Há um ainda, pelo qual se pode consultar o Senhor ,
porém eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas somente o
que é mau. Este é Micaías, filho de Inlá. Disse Josafá: Não fale o rei assim. 1 Reis 22:8
O que incomoda Acabe é o fato de que os outros profetas era meros
bajuladores do rei ao passo que Micaías lhe dizia o que ele não queria ouvir!
Quantos não ficaram em torno de Bolsonaro profetizando só o que
ele queira ouvir? Quantos não inflamaram suas igrejas com um discurso
triunfalista de que Deus daria a vitória aos seu falso Messias!
O papel da igreja não é o de bajulação política, mas de incomodar
quem quer que seja o governante. Para muitos parece que a derrota de um homem
decretou o fim da igreja e isso é uma mentira diabólica!
3 – O PAPEL DA IGREJA É DE INTERCEDER E SER DE
LUZ PARA A NAÇÃO.
Paulo diz a Timoteo:
Antes
de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões,
ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de
todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila
e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de
Deus, nosso Salvador, 1 Timóteo 2:1-3
A igreja deve interceder para que Deus faça a sua misericórdia ser
derramada em nossa nação. Independentemente de quem seja o governante! Deus
usou Ciro, Nabucodonosor, Ataxerxes e outros para fazer sua vontade.
Deus pode usar Lula, Bolsonaro e quem quer que seja para fazer
cumprir seus propósitos! Seja justo ou ímpio todos os homens estão submetidos a
autoridade de Deus!
é
ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá
sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes. Ele revela o
profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz. Daniel 2:21,22
Os homens passam, mas Deus continua governando o mundo do seu alto
e sublime trono. E nós que somos sua igreja estamos aqui para fazer
resplandecer a sua gloria entres as nações.
Soli
Deo Gloria
Rev. Maycon Rodrigues.
#POLÍTICA #IGREJA #PALAVRADEDEUS
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