“... Eles o chamarão Emanuel (Deus Conosco).”
Evangelho de Mateus 1.23
Nunca consegui imaginar Jesus como ele é ilustrado nos filmes, na verdade, quando vejo algo que tente ilustrar Jesus, com aquelas roupas típicas isso me parece algo muito distante da realidade.
Às vezes temos uma informação de Jesus engessada, quadrada e irreal principalmente quando nos apresentam pelas lentes da religião.
Na verdade, pouco se fala de Jesus com virtudes essencialmente humanas. Temos o costume por querer não diminuir a grandeza dele como Deus de afirma-lo como GRANDE, EXALTADO, NOME QUE ESTÁ SOBRE TODO NOME, ou seja, sempre deixar claro o quanto ele é distante de nós em suas virtudes como Deus e nós como meros e insignificantes pecadores. Tudo isso é importante, mas pode vir justamente na contramão daquilo que seu nascimento como homem representa.
Convido você a pensar comigo em Jesus como humano, próximo e muito particular.
Jesus é o amigo para todas as horas!
Ele teve como amigo muito próximo João (João 13:23) e dava oportunidade para desenvolver essa amizade de forma profunda e sincera. Sua amizade era tão sincera que chorou ao saber da morte de Lázaro (João 11) outro de seus grandes amigos.
Jesus também mantém esse relacionamento conosco hoje. Ele é o amigo para todas as horas. Não é alguém que visitamos aos domingos nas igrejas. A palavra mesmo declara: “... e eis que eu estou convosco todos os dias.” (Mateus. 28.20). Isso representa sempre!
Jesus conhece nossas lutas.
Viveu como uma pessoa simples, não teve muitos recursos, a própria palavra declara que não tinha sequer onde reclinar a cabeça (Lucas 9. 58).
Somente quem conhece o que passamos é que pode nos compreender plenamente. E ele sabe exatamente como isso é! Na sua humanidade sorriu, chorou, foi a festas, também presenciou momentos tristes, pois viveu intensamente tudo o que a sua humanidade lhe proporcionou. Por isso, nas suas palavras podemos encontrar os melhores conselhos, estímulo, sabedoria. Não é como um rei que vive dentro de um pálacio distante da realidade do povo, e sim, é aquele que se assenta à mesa para comer conosco, que podemos dividir nossas experiências.
Jesus sempre conosco.
Algumas vezes temos a sensação de que ele não está presente, mas o que na realidade acontece é muito semelhante ao processo da metamorfose que ocorre com a lagarta. Enquanto lagarta, essa criatura precisa rastejar e encontrar toda a sorte de coisas ruins que no seu caminho aparecem, mas mesmo assim não deixa de desfrutar do cuidado sempre presente do seu criador. Ao passar pelo estagio da vida onde fica em seu casulo, parece interminavel o processo que alí acontece, e quando os primeiros sinais começam a acontecer a vontade que dá é de ajudar aquela pobre criatura a libertar-se, porém, qualquer “ajuda” externa pode causar um grande prejuizo neste processo de transformação. Deixando que o processo ocorra naturalmente tudo irá bem e logo mais a lagarta se tornará em uma linda borboleta.
A presença sempre constante de Jesus não nos impede de passar pelos estágios dolorosos da vida o que não representa que Ele nos abandona nas horas difíceis. O que acontece é que o seu agir passar a ser através do cuidado manifestado pelo seu amor nas nossas vidas.
Amar nem sempre representa fazer coisas estraordinarias, mas fazer pequenas coisas que se tornam essenciais em momentos oportunos. A presença de Jesus sempre ao nosso lado revela essa virtude graciosa que intervém apenas em momentos oportunos, mas que também faz do silêncio aparente prova da sua compreensão daquilo que nós mais precisamos.
Em Cristo o Grande Amigo,
Rev. Maycon Rodrigues.